25 de janeiro de 2011

Mídia x rede social

Segue abaixo um post da Raquel Recuero que eu achei espetacular.


Trabalhando em uma aula, comecei a esboçar alguns elementos para discutir rede e mídia social e registro aqui. Primeiramente, para mim, rede e mídia social são coisas diferentes. As redes sociais são metáforas para os grupos sociais. Já a "mídia social" (sem entrar, aqui, no mérito do termo), é um conjunto de dinâmicas da rede social. Explico: São as dinâmicas de criação de conteúdo, difusão de informação e trocas dentro dos grupos sociais estabelecidos nas plataformas online (como sites de rede social) que caracteriza aquilo que chamamos hoje de mídia social. São as ações que emergem dentro das redes sociais, pela interação entre as pessoas, com base no capital social construído e percebido que vão iniciar movimentos de difusão de informações, construção e compartilhamento de conteúdo, mobilização e ação social. E isso ocorre principalmente porque as redes sociais acabam criando e mantendo, através das ferramentas da Internet, canais mais permanentemente abertos de informação e contato.

Pensando a mídia "social" como a dinâmica informativa da rede, caracterizada pela mediação do computador, temos algumas percepções que definem essa idéia, tais como: a) conversação - Quando falamos de mídia social, estamos falando de relacionamento de conversação em massa e que essa é a mudança de paradigma dos veículos tradicionais de comunicação.
b) menor concentração de poder no processo de comunicação - Enquanto nos veículos tradicionais há uma grande concentração de poder no emissor, nas plataformas digitais esse poder é mais diluído (o que não significa que seja inexistente e que todos os nodos tenham o mesmo peso, vide as discussões sobre influência e conectores).Ou seja, há mais poder comunicativo para mais gente.
c) maior circulação de informações - como as redes sociais, no espaço online, possuem conexões que funcionam como canais de informação que estão mais perenemente ativas, a tendência é que as informações circulem mais e sejam mais visíveis entre os participantes. Assim, tende-se a ficar mais "atropelado" pela imensa quantidade de informações nessas ferramentas, embora também se tenha contato com mais informações diferentes.
d) novas formas de construção de sentido - Como os veículos da mídia social são mais conversacionais, os sentidos construídos pela interação são mais negociados. Isso implica em mais mudanças de percepção nas redes através das negociações de construção de sentido.
e) maior capacidade de mobilização - Como as redes mantêm as pessoas mais conectadas no espaço online, a mídia social também parece, pelo contato mais direto e pela capacidade maior de conversação, manter uma maior capacidade de mobilizar os grupos sociais também no espaço offline. Como o custo de ação no espaço online é menor, mais participação e cooperação podem emergir dessas interações.

18 de janeiro de 2011

Métricas e Acompanhamento

Por que monitorar?
Para conhecer a “imagem” do produto ou serviço.
Para conhecer os hábitos de consumo e comportamento.
Conhecer os formadores de opinião.
Acompanhar tendências.
Antecipar potenciais crises.
Gerir melhor os recursos de comunicação.

O que deve ser monitorado?
O que as pessoas estão falando sobre sua marca.
Quem são as pessoas que comentam sua marca.
Qual a dispersão.
Onde está sendo falado.
Frequencia de comentários.
Qual a relevância.
O que é falado sobre os concorrentes.

Quais são os benefícios de se monitorar uma marca?
Identificar oportunidades de mercado para novos produtos ou serviços.
Aumentar a efetividade das ações de marketing.
Aumentar a satisfação e retenção de clientes.
Auxiliar no planejamento estratégico.

17 de janeiro de 2011

Participar, Avaliar e Melhorar

Começo o ano bem animada a trabalhar e me aprofundar cada vez mais no mundo das mídias sociais, e prá isso tenho estudado muuuuito esses dias, lendo e relendo A Bíblia da Social Mídia (que virou meu livro de cabeceira) e também os inúmeros blogs que tratam sobre o assunto.
No final do ano passado, um amigo, em um bate papo informal me disse que por mais que utilizasse as mídias sociais não entendia muito bem como conseguiria aplicá-las (e ter sucesso) em sua empresa, percebi que essa dúvida não é só dele, mas também de várias pessoas, daí então, a idéia desse post.
Num estudo recente realizado pela consultora Gartner, indica-se que 60% das empresas da Fortune 1000 investem em comunidades on-line com o objetivo de angariar e reter clientes. Não há dúvidas que as redes sociais o podem ajudar a fazer negócios, a encontrar emprego e a promover a imagem da sua empresa - mas é preciso saber como.
Vamos partir de três simples palavrinhas: Participar, Avaliar e Melhorar.

Participar - Hoje, estar presente na Web significa estar ativo e dialogar com os seguidores. Estar presente nas redes sociais ajuda a conceber empresas mais humanas, mais próximas dos seus consumidores. Ser capaz de conquistar um grupo de pessoas que se identificam com os valores da empresa abre novos caminhos em termos de fidelização a uma marca.
Troque ideias e publique os seus pensamentos sobre assuntos relacionados com a sua atividade profissional, procure ajudar potenciais clientes a resolverem os seus problemas.

Avaliar - As redes sociais podem promover ou destruir a imagem de uma empresa então é preciso aprender a utilizá-las da melhor forma. As pessoas falam sobre sua marca, de forma positiva ou negativa, esses internautas comentam sobre seu produto, o que fazer? Monitorar, saiba “ouvir” o que falam sobre seu produto, participe das conversas e tome as atitudes corretas quando for necessário.

Melhorar - Podemos concluir que as redes sociais e as ferramentas de colaboração abrem a porta para um infinito de possibilidades. Fornecem às organizações a oportunidade de melhorarem e desenvolverem o seu negócio, e permite-lhes optar entre serem evolutivas ou revolucionárias quanto a aprendizagem informal e estratégia de colaboração.
Numa óptica evolutiva, as organizações podem utilizar as ferramentas para uma melhor gestão dos seus processos diários. Numa óptica mais revolucionária, poderão alterar completamente a forma como abordam essas atividades.
Não existe caminhos certos ou errados. A escolha cabe a cada organização. E é exatamente isso que torna estas iniciativas simultaneamente interessantes e desafiadoras. Lembre-se que a aprendizagem informal complementa a aprendizagem formal. Não a substitui. À medida que implementa a aprendizagem informal e a estratégia de colaboração, tenha certeza de que é normal cometer alguns erros. Daí que seja necessário melhorar continuamente a estratégia, de modo a garantir que se ajuste cada vez melhor à organização. Cada caso é único e a flexibilidade é um fator chave para implementar com sucesso redes sociais e ferramentas de colaboração. Também convém esperar o inesperado e efetuar os ajustes necessários.