26 de abril de 2010

Redes Sociais e as Eleições 2010

Foi-se o tempo em que ter um web site atualizado constantemente durante a campanha eleitoral representava uma boa presença online. Hoje o site é apenas uma fonte, onde os eleitores podem obter informações sobre os candidatos. Normalmente, os sites costumam apresentar apenas boas informações sobre os candidatos e os eleitores já não se deixam enganar tão facilmente e adquiriram o hábito de buscar a ficha de seus candidatos em outros canais, questionar, dar sugestões, criticar e se mobilizar  muito mais rapidamente. O que precisa ser entendido é que todos os candidatos devem possuir uma presença digital. É de supra importância possuir vídeos publicados no You Tube, perfil no Twitter, Blog, Facebook e Orkut (pelo menos!).Estar presente nestes canais e controlar o que é dito sobre cada candidato, é essencial. Não falo controlar no sentido de evitar algo, mas sim, em poder reverter qualquer situação indesejada. A  Internet nessas eleições vai estar a favor do eleitorado. As informações estarão 24h ao alcance de todos e os eleitores poderão sugerir, criticar, contestar, divulgar e reproduzir os conteúdos produzidos.Vale lembrar que enquanto o político brasileiro estiver pensando em conseguir votos na Internet, na realidade, ele estará se expondo muito mais do que já era exposto em uma campanha tradicional, pois estará aberto a receber todos os tipos de críticas (e provavelmente receberá), construtivas ou não.
Jornal Valor Econômico  (13/04/2010), publicou que “até dezembro de 2009, a maior fatia de audiência das redes sociais Orkut, Facebook e Twitter no Brasil era de usuários com até 24 anos de idade. Isso, no entanto, mudou. Em fevereiro, segundo o instituto Ibope Nielsen Online, das 28,5 milhões de pessoas que navegaram pelos três serviços, a maioria - 10,9 milhões de usuários - tinha mais de 35 anos. O público com até 24 anos somou 10,3 milhões”. Serão as primeiras eleições com milhões debatendo política e postando suas opiniões.Portanto, o candidato dessas eleições não poderá pensar em idealizar sua campanha sem um planejamento estratégico de sua campanha digital.O que devemos tirar de lição do uso das mídias sociais na campanha do Barack Obama é que ela escancarou os canais de mídias sociais para escutar a sociedade e, junto com isso, ajudou as pessoas que quiserem participar voluntariamente, leia-se "Engajamento".Ouvir as histórias dos eleitores, conhece-los, amplificar a voz das pessoas. Tornar o conteúdo gerado pelo usuário parte do discurso oficial, usar mídias sociais e força de vontade para facilitar o encontro presencial entre as pessoas e, principalmente,  acreditar que as mudanças podiam acontecer de baixo para cima e que todas as pessoas podem participar. 

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